As ações da Weg lideram os ganhos do Ibovespa, subindo 6,07%, a R$ 36,35, por volta das 15h, repercutindo o balanço que mostrou o lucro líquido no quarto trimestre de 2023 totalizou R$ 1,74 bilhão, alta anual de 46,2%. No mesmo horário, o Ibovespa operava em queda, com investidores cautelosos à espera da ata do Fed, o banco central americano.
Para o Citi, a WEG conseguiu apresentar resultados robustos no quarto trimestre, com receitas retomando ritmo de crescimento e margens se mantendo em níveis historicamente altos.
O analista André Mazini escreve que os números tiveram um impacto tributário positivo por conta de incorporação de uma subsidiária na Suíça, mas mesmo sem esses efeitos os números foram positivos.
O banco destaca que o mix de produtos da WEG, voltado a equipamentos de ciclo longo, com margens estruturalmente mais altas, beneficiam seus resultados, assim como um aumento no faturamento de exportações.
O Citi tem recomendação de compra para WEG, com preço-alvo em R$ 45.
Para o Goldman Sachs, a aceleração de receita da WEG foi positiva, mas crescimento permanece na faixa de um dígito.
Os resultados do quarto trimestre da WEG, divulgados hoje, mostraram um Ebitda de R$ 1,8 bilhão, representando um aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior, e superando as expectativas do Goldman Sachs em cerca de 4%. No entanto, embora tenha havido uma expansão de 7% na receita em relação ao ano anterior, impulsionada por um aumento de 12% nas vendas da divisão de energia, as vendas da divisão de equipamentos industriais cresceram apenas 2%, sinalizando um cenário misto, destaca o Goldman Sachs.
A margem bruta, embora tenha superado as expectativas do Goldman Sachs, levantou preocupações sobre sua sustentabilidade no longo prazo, uma vez que foi impulsionada pela acomodação dos principais materiais que compõem a estrutura de custos da empresa, além de um melhor mix de produtos.
A análise do Goldman Sachs reflete preocupações sobre o cenário de lucros fracos da empresa no futuro próximo, apesar da aceleração da receita.
O Goldman Sachs também destacou que o crescimento da empresa permanece na faixa de dígito único, o que pode limitar seu potencial de valorização no curto prazo. Além disso, foram modeladas algumas contrações na margem Ebitda e aumento da taxa de imposto em 2024, o que poderia afetar ainda mais a rentabilidade da empresa.
Os principais riscos identificados pelo banco incluem o crescimento econômico menor que o esperado, variações nas taxas de juros e volatilidade nos preços das commodities metálicas.