Os tons verde e amarelo se uniram às tradicionais cores do arco-íris neste domingo (2), durante a 28ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo. A iniciativa da organização do evento incentivou o público a vestir as cores da bandeira nacional como forma de simbolizar que o Brasil pertence a todos. “É para mostrar que a bandeira do Brasil pertence a todos nós, não só a um partido político. Todo mundo tem o direito de usar nossas cores, e não vamos deixar só para um tipo específico de pessoas”, justificou a drag queen Cacau, que usava a camisa da seleção brasileira de futebol cortada na altura do peito, fazendo um top.
O apelo para que os participantes incorporassem as cores da bandeira nacional surgiu como uma reação ao uso do verde e amarelo por manifestações de extrema-direita. A concentração dos trios elétricos ocorreu em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), de onde os participantes seguiram em direção à Rua da Consolação, descendo até o centro da cidade. Entre as atrações musicais estavam nomes como Pabllo Vittar, Banda Uó, Gloria Groove e Filipe Catto.
A autônoma Zilma Cristina Rosa, que aguardava o início do evento em uma cadeira de praia, destacou a importância de participar da manifestação, mesmo de maneira mais tranquila. “O joelho não aguenta mais, o tornozelo não aguenta mais. Agora, a gente vem de cadeirinha”, disse Zilma, que participa desde as primeiras edições junto com sua companheira, a pesquisadora Joseli Capusso.
O tema deste ano, “Basta de Negligência e Retrocesso no Legislativo! Vote Consciente por Direitos da População LGBT+”, enfatiza a preocupação com as dificuldades na tramitação de projetos de lei que garantam a cidadania plena à população LGBTQIA+.
A inclusão no mercado de trabalho é uma das principais reivindicações dos participantes. “Muitas travestis ainda têm que ser prostitutas. Não tem trabalho para elas. Homem trans enfrenta também um grande preconceito na área trabalhista”, lamenta Zilma.
Thalía Vitorelli, uma jovem transexual, confirmou as dificuldades em encontrar emprego fora do mercado do sexo pago. “No momento, estou desempregada. Antes, eu estava trabalhando de acompanhante, mas saí dessa vida. Hoje, eu tento novas chances em um país que é muito complicado. As pessoas são muito difíceis, é muito complicado arrumar serviço. Mas estou indo à luta”, disse Thalía, que participa pela terceira vez da parada.
Além de defender seus direitos, Thalía aproveitou o evento para se divertir com amigos. “É uma energia maravilhosa, espero vir muitas mais vezes. Hora da gente se divertir”, disse a jovem, que sonha em trabalhar na área da moda.
Teresa Vaz, uma drag queen venezuelana que participa pela terceira vez, compartilhou sua experiência de militância no Brasil. “Foi aqui no Brasil que eu conheci a militância contra o racismo. Eu, sendo um homem ou uma mulher negra, aqui no Brasil foi onde eu identifiquei o que é o racismo. Lá na Venezuela, talvez por estar nessa questão do Caribe, não temos essa militância”, afirmou Teresa.
A 28ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo não foi apenas uma celebração de identidade e resistência, mas também uma manifestação poderosa pela inclusão e direitos iguais, demonstrando que as cores da bandeira nacional representam todos os brasileiros.
O Cadastro Único (CadÚnico) é uma plataforma de extrema importância para as famílias brasileiras de…
O cantor Belo foi questionado pela equipe do portal LeoDias sobre a possibilidade de um…
As apostas online, com sua conveniência e promessas de ganhos rápidos, têm se tornado cada…
Os fungos nas unhas dos pés são um problema comum, principalmente entre pessoas mais velhas,…
O campeão do Big Brother Brasil, Davi Brito, enfrentou um revés em sua carreira pós-reality…
Esse site usa cookies.