Após dias de instabilidade, o mercado financeiro brasileiro encontrou um respiro nesta sexta-feira (21). O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,441, representando uma queda de R$ 0,021 (-0,39%). A moeda norte-americana, que teve uma oscilação significativa durante o dia, alcançou R$ 5,42 pela manhã, subindo novamente para R$ 5,46 por duas vezes à tarde, antes de cair na reta final das negociações. No fechamento da semana, o dólar acumulou uma alta de 1,09%, subindo 3,66% em junho e 12,12% no ano de 2024.
No mercado de ações, a recuperação foi notável. O índice Ibovespa, principal indicador da B3, encerrou o dia com alta de 0,74%, atingindo 121.341 pontos. Esse foi o quarto dia consecutivo de alta, resultando em um ganho semanal de 1,4%, o primeiro desde a semana terminada em 17 de maio. Esse movimento reflete um cenário de otimismo moderado entre os investidores, mesmo diante de incertezas políticas e econômicas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante uma entrevista a uma rádio do Maranhão. Lula classificou Campos Neto como um adversário e afirmou que a troca de comando no BC, prevista para o final do ano, trará normalidade ao órgão. Essas críticas, contudo, não impediram que parte dos investidores aproveitassem o momento para vender dólares e realizar lucros recentes.
O cenário externo também contribuiu para a queda do dólar. As taxas dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, considerados os investimentos mais seguros do mundo, recuaram. Juros mais baixos nas economias avançadas tendem a incentivar a entrada de capitais em mercados emergentes, como o Brasil. Essa dinâmica foi um fator crucial para a apreciação do real e a valorização do mercado de ações.
A recuperação do Ibovespa e a queda do dólar sinalizam uma melhoria temporária na confiança do mercado. No entanto, a volatilidade observada durante a semana e as incertezas políticas internas sugerem que os investidores continuarão atentos aos desdobramentos econômicos e políticos, tanto domésticos quanto internacionais. A expectativa é de que o mercado financeiro siga oscilando, refletindo as reações às políticas econômicas do governo e às condições macroeconômicas globais.
Em suma, o respiro do mercado nesta sexta-feira trouxe alívio, mas também ressaltou a necessidade de cautela. O equilíbrio entre as políticas internas e as influências externas será determinante para o comportamento futuro do mercado financeiro brasileiro.
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