Investigado pelo assassinato da própria mulher, Ederlan Santos Mariano, passa por audiência de custódia no Fórum da Comarca de Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), nesta terça-feira (31). Ele está preso desde a madrugada de sábado (28), quatro dias após o desaparecimento da cantora gospel Sara Mariano. Neste mesmo dia, a Polícia Civil afirma que o homem confessou o crime, a defesa de Ederlan, contudo, nega a versão oficial.
Ao chegar no fórum, o produtor foi recebido com fúria pela população e sob gritos de “assassino”. O investigado seguiu para dentro da Comarca em uma corrida leve, acompanhado do policial. Na oportunidade, ele foi escoltado por um policial, seguido pela imprensa.
A audiência de custódia encerrou por volta das 11h. O resultado, no entanto, ainda não foi divulgado. A partir dela, o investigado pode seguir respondendo em prisão temporária em uma delegacia; ter a prisão temporária convertida para preventiva e ser encaminhado a um presídio; ou ainda responder ao inquérito em liberdade.
Ederlan ainda cumpre prisão temporária, por 30 dias. O advogado da família de Sara Mariano, Marcus Rodrigues, afirma que os parentes acreditam na premeditação do crime. Irmã da artista afirma que ela vinha sendo agredida, não apenas sexualmente, como também de forma física e verbal, pelo marido.
“Era um relacionamento tóxico, em que ele agredia ela, não somente a verbalmente, como fisicamente também. Ele bebia muito, chegava em casa agredindo, forçava a Sara a ter relações sexuais, e isso acabou nesse fato criminoso”, disse Marcus, em entrevista à TV local.
O corpo da cantora gospel foi encontrado carbonizado, às margens da BA-093, no município de Dias D’Ávila. A mulher deixa uma filha de 11 anos, fruto do casamento com Ederlan.