A inflação brasileira surpreendeu ao acelerar mais do que o esperado em fevereiro, atingindo o nível mais alto em um ano, conforme relatado pelo portal Forbes Brasil. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou um aumento de 0,83% no mês, superando a expectativa de avanço de 0,78% em uma pesquisa da Reuters.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumulou uma alta de 4,50% nos 12 meses até fevereiro, comparado a 4,51% em janeiro, levemente acima da projeção de 4,44%.
A pressão sazonal dos custos da educação foi o principal fator para esse aumento, com o grupo de Educação registrando uma alta de 4,98%, impulsionado principalmente pelos cursos regulares, que viram seus custos subirem 6,13% no mês.
Os preços dos alimentos, embora tenham desacelerado em relação a janeiro, ainda exerceram um impacto significativo, com a inflação de Alimentação e Bebidas atingindo 0,95% em fevereiro. Os alimentos no domicílio registraram aumentos notáveis, como cebola, batata-inglesa, frutas, arroz e leite longa vida, influenciados pelo clima.
O grupo Transportes também contribuiu para a inflação do mês, com uma alta de 0,72%, impulsionada pelo aumento nos preços dos combustíveis, compensando o declínio nas passagens aéreas.
Embora o índice de difusão tenha mostrado uma queda em fevereiro, indicando uma menor disseminação das variações de preços, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou a inflação como um ponto de atenção, enquanto o país se prepara para a próxima reunião do BC, com expectativas de um novo corte na taxa básica de juros Selic.