Em um dia marcado por instabilidades internas e externas, o dólar comercial aproximou-se de R$ 5,30, encerrando no maior nível em quase um ano e meio. A bolsa de valores também sofreu, registrando a quinta queda consecutiva e atingindo o menor nível desde novembro.
Nesta terça-feira (4), o dólar comercial fechou vendido a R$ 5,285, marcando uma alta de R$ 0,052 (+0,96%). A cotação permaneceu em alta durante todo o dia, mas começou a disparar no fim da manhã, influenciada pela queda nos preços de diversas commodities, como petróleo, ferro e soja. No pico do dia, por volta das 15h40, o dólar chegou a R$ 5,29.
A moeda norte-americana está no maior patamar desde 5 de janeiro de 2023, quando fechou a R$ 5,35. No acumulado de uma semana, o dólar subiu 2,2%, e em 2024, já registra uma alta de 8,9%.
O mercado de ações também enfrentou um dia tenso. O índice Ibovespa, principal indicador da B3, fechou aos 121.802 pontos, com uma queda de 0,17%. As ações de petroleiras e mineradoras, que são as mais negociadas, puxaram o índice para baixo. Este é o menor nível registrado desde 13 de novembro do ano passado.
No cenário internacional, a queda nos preços das commodities foi um fator determinante para a alta do dólar. Como o Brasil é um grande exportador de produtos como petróleo, ferro e soja, a redução nos preços internacionais desses bens diminui a entrada de dólares no país, pressionando a cotação para cima. O dólar se valorizou em relação a todas as moedas de países emergentes.
Internamente, a divulgação de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,8% no primeiro trimestre inicialmente trouxe um otimismo aos investidores, fazendo com que a curva de juros de longo prazo abrisse o dia em queda. No entanto, essa queda foi revertida ao longo do dia devido a incertezas sobre o projeto de compensação da desoneração da folha de pagamento no Congresso.
A medida em questão, que busca limitar o uso de compensações do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), pretende arrecadar R$ 29,2 bilhões. As incertezas sobre possíveis alterações no Congresso adicionaram pressão ao mercado.
O mercado financeiro brasileiro segue atento aos desdobramentos tanto no cenário internacional quanto nas políticas internas. A volatilidade deve continuar, com investidores monitorando de perto as decisões do Congresso e as flutuações nos preços das commodities.
Para mais detalhes sobre o andamento do mercado e suas implicações, continue acompanhando nossas atualizações.
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